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sábado, 28 de outubro de 2017

WRITOBER #28 - You Can't Take The Sky From Me

Zachary Graves

O céu caiu sobre Mnemosine. E das paredes de chamas que consumiam o mundo, duas figuras surgiram: uma erguida, a embalar a outra nos braços. E no jogo de sombras e luz, avançaram escondidas dos outros que fugiam do fogo.
Os gritos de dor dos ficavam para trás abafavam a marcha silenciosa das figuras. Atravessaram para a destruição, deixaram tudo para trás e desapareceram de vista. Para alguns foram uma miragem. Na urgência foram uma ilusão, apenas o fogo era real e esse levou tudo.

*

Chiron, a nova espaçonave de Momoa, aproximou-se de Mnemosine para encontrar o esperado: A Heracles aguardava acima da atmosfera e, com ela, inúmeras espaçonaves mercenárias. O cruzador Nineteen Eighty Four também lá estava.
Que déjà vu, pensou Momoa. Bonna estava atrás a observar o cenário; Suzako estava na navegação. O Capitão sorriu a quem o viu. Desta vez tinha um plano, só esperava que funcionasse. Invocou os últimos elementos da Centaur até ele, formando um triângulo ali na ponte. Não fazia sentido ficarem todos juntos, portanto eis parte do plano: Bonna e Suzako iriam descer ao planeta, apanhar a Gilass e sair dali para fora. Assim que os tivessem, iriam saltar dali para fora. Esse era o plano principal.
O outro plano não foi partilhado com eles, apenas com o resto da tripulação. A mão direita enfaixada estava enfiada no bolso, com dedos a menos, mas com mais resolução. Inspirou fundo e olhou para os dois antes de os mandar equipar. A Bonna iria liderar uma equipa de ataque e Suzako iria voá-los para lá e para cá. Seria tal como antes. Não houve despedidas.
A nova espaçonave tinha sido disponibilizada pelo seu irmão e Momoa mudou-lhe logo o nome para algo mais adequado. Oficialmente Xilos não podia estar presente, as consequências seriam inimagináveis, mas uma tripulação composta por voluntários? Zero problemas. Todos queriam estar ali, muitos tinham amigos e família na Centaur e alguns apenas foram pela adrenalina.
A Chiron era mais avançada que a Centaur e o Capitão apenas teve o tempo da viagem para se ambientar aos novos brinquedos, mas estava confiante quando se aproximou do adversário que cobria o céu de Mnemosine.
Nenhuma linha de comunicação foi aberta com eles. A ordem para aumentar os escudos foi dada e uma pequena porção foi desviada para as armas. Havia demasiados alvos no mapa, portanto a Heracles foi a eleita. O capitão recebeu a mensagem que a naveta tinha saído da Chiron em direcção ao planeta. Agora ia começar.
Escudos no máximo. Armas a 70% porcento. Tal como na outra vez, a Heracles foi a primeira a abrir fogo. O escudo absorveu sem reduzir a potência e direccionou a energia para as armas que carregaram instantaneamente. A Chiron não disparou. A Heracles repetiu e foi absorvido. Momoa sorriu e deu a ordem para devolver fogo. Uma linha direita e concentrada percorreu o espaço entre as duas espaçonaves e a Heracles foi trespassada de um lado ao outro. O disparo focado penetrou o escudo, entrou pela ponte, percorreu as entranhas e saiu pelos motores. Uma explosão momentânea e escuridão. E outra. Nada. Mais uma. Assim sucessivamente. Alguém tentou comunicar, a Heracles. Desistiam. No ecrã via-se o medo e a aflição de quem comunicava. Momoa não o reconheceu, mas puxou da mão direita e mostrou-lhe o indicador que restava.
Disparam novamente e, agora sem escudo, a Heracles mostrou zero resistência. Era como se a outra espaçonave tivesse dois olhos negros no crânio. Estavam mortos no espaço. Explosão e nada. Explosão e nada. Podiam esticar a mão ao adversário e serem superiores, mas optaram por abrir mais um buraco. Deixou de haver sinais de vida na Heracles que começou a afundar para o planeta. Momoa sentou-se. Não esperava que fosse tão fácil..
E todas as espaçonaves mercenárias acordaram para a vida e abriram fogo na Chiron.
Finalmente, huh? Vamos a isso.
Os escudos continuavam a absorver o fogo e a direccionar para as armas, mas não iriam aguentar uma overdose...Só mais bocado.
A ponte tremia, conseguia sentir a tensão e a energia no ar. Todos olhavam para o Capitão e esperavam ordens. Ele também esperava. Sabiam pelo quê, mas até quando?
E então, o comunicador puxa dos auriculares e berra pela atenção do Capitão.
Chegaram! Vieram todos!
E a escuridão do espaço encheu-se de cor e formas com todos os piratas que responderam à chamada. Por favor ou por devoção, finalmente chegaram.




The sky had fallen over Mnemosyne. And from the walls of fire consuming the world, two people appeared: one standing, nursing the other on her arms. And through the lights and shadows, walked hidden from everyone trying to escape the fire.
The screams of pain of those behind muffled the march of the two. They crossed into the darkness, leaving everything behind and disappeared from sight. To some they were a mirage. In their urgency they were an illusion, only the fire was real and it took everything.

*

Chiron, Momoa's new ship, neared Mnemosyne to find the expected: the Heracles waiting over the atmosphere and with them, thousands of mercenary ships. The cruiser Nineteen Eighty Four was also there.
What a déjá vu, thought Momoa. Bonna stood behind him watching closely. Suzako was on navigation. The Captain smiled to those who looked at him. This time he had a plan, he only hoped it would work. He summoned the last crew of the Centaur, forming a triangle on the bridge. There was no sense in staying together, so here's part of the plan: Bonna and Suzako would fly down to the planet, retrieve Gilass and leave. As soon as they were in, they woul jump out. That was the main plan.
The other plan was left out, and only the rest of the crew knew about it. His right bandaged hand was tucked inside his pocket. With less fingers but more determined. He breathed deeply and stared at the two before he sent them away. Bonna would lead a strike team and Suzako would fly them. Just like before, and there was no goodbye.
The new ship was given by his brother and Momoa changed the name immediately to something more adequate. Officially Xilos couldn't participate in the fight, the consequences would be unimaginable. But a crew formed with volunteers? Zero problems. Everyone wanted to be there, lots of people had friends and family on the Centaur and some just wanted adrenaline.
The Chiron was more advanced than the Centaur, and the Captain didn't have a lot of time to get costumed to his new toy. But he as confident when e approached the adversary covering the skies of Mnemosyne.
No comm lines were opened. The order to raise shiels was given, and a small portion was routed to the weapons. Too many targets on the map so they focused on the Heracles. Momoa was told that the shuttle left the Chiron towards the planet. It begins...
Shields at maximum. Weapons at 70%. And like last time, the Heracles fired first. Their shield took the hit and absorbed without losing potency. Routed the extra energy to the weapons, charging them instantly. It didn't fire back. The enemy fired again and it was also absorbed. Momoa smirked and ordered to return fire.
A straight and concentrated line ran the space between the ships and trespassed the Heracles from one side to the other. The focused fire penetrated the shield, burst through the bridge, ate the insides of the ship and exited through the engines. A rapid explosion and darkness. And another. Nothing. Another. And more. Someone tried to talk, it was the Heracles. They were giving up. On the screen the crew could see fear and despair in the person. Momoa didn't see it though... pulled his right hand and flicked the middle finger, one they left intact.
Chiron fired again. And without shields, the Heracles didn't even resist. Now, the ship looked like it had two vacant dark eyes in its skull. Dead in space. An explosion and emptiness again. A burst and nothing. They could show some compassion and be the superior ones, but they opted to open another hole. There were no signed of life on the Heracles that started sinking towards the planet. Momoa sat down, it couldn't be this easy...
Every mercenary ship woke up and started raining fire on the Chiron.
Finally, huh? Let's do this.
The shields continued absorbing the shots and charging the weapons, but they wouldn't stand an overdose. Just a little more.
The bridge vibrated. He could feel the tension and energy in the air. They were looking at him, and waiting orders. He too was waiting. They knew what for, but when?
And suddenly, the communicator tossed his headphones and called for the Captain.
They're here! They all came!
The darkness was filled with color and shapes from all the pirate ships that answered the call. To return a favor or through devotion, they finally arrived.

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