Olá, eu sou o Per Nebulae e vi o filme Silent Hill: Revelation 3D.
Tenho um problema, eu tolero que me insultem na vida real ou virtualmente, sacudo os ombros e viro a cabeça para o lado, mas ao ver este filme, senti-me injuriado de tal maneira que parecia um touro de rodeo aos pinotes.
Cliquem para ler mais. Aviso que tem spoilers que aconselho a ler para não verem o filme.
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| Brace yourselves, we're coming to Silent Hill |
SH: Revelation segue atabalhoadamente o fim do primeiro filme. Alessa/Sharon/Heather sonha com um mundo virado do avesso repleto de negruras e coisas estranhas até se deparar consigo numa versão gótica pejada de eyeliner e batom negro. Após uma troca de palavras agourentas, num carrossel conduzido pelo demasiado-usado-e-fora-do-contexto Pyramid Head, esta acorda à lá Inception num sonho dentro de um sonho.
Sean Bean é o pai da moça que, se terminou o primeiro filme numa realidade alternativa, neste já tem a filha consigo. Vou já fazer um spoiler, é dos poucos filme onde ele não morre!
A partir desse momento, o filme escorrega como o ladrão do Sozinho em Casa a patinar em óleo que, inutilmente, não tem como se agarrar a nada: nem pela narrativa, efeitos visuais, personagens. Nada. Minto! Por momentos, o filme equilibra-se o suficiente para me fazer sorrir: a banda sonora de Akira Yamaoka. Este homem é o único que carrega o estandarte Silent Hill e fá-lo com orgulho. As suas músicas tenebrosas e sombrias acompanham o desastre do filme até ao seu final demorado.
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| Trinity! |
Não me vou demorar muito, digamos que a premissa passa pela Heather e pelo Jon Snow salvarem Ned Stark de Silent Hill, onde a Trinity de Matrix e um grupo de soldados espera invocar um deus. No final, depois de Heather fazer as pazes com a sósia fã de My Chemical Romance no parque de diversões, enfrenta Trinity que se desfaz com um passou-bem. Depois, esta transforma-se num cenobite de Hellraiser e luta contra o Pyramid Head que, num acto de bondade à la Nemesis em Resident Evil Apocalypse (Paul W. S. Anderson), salva os personagens principais. No final, Silent Hill fica bem; as personagens estão salvas e resgatadas do inferno – até que o Ned diz: vocês salvaram-me desta cidade, mas vou ficar nesta cidade para a sequela.
Certo.
As mecânicas do 3D eram irritantes como o riso de lata em comédias, os efeitos de CGI eram baratos e desnecessários, a mitologia de toda a saga foi deturpada com monstros e personagens fora do contexto, situações estranhas e metade do elenco não sabia o que estava ali a fazer. A melhor explicação para tudo isto resume-se à fala de uma personagem aleatória:
“Virei algures e perdi-me.”
Sim, virei algures e perdi-me a ver este filme. Eu gostei do primeiro! Admito, para o que era, era bom! Já este... Tirando a banda sonora, os Easter Eggs e a personagem principal – processem-me, mas engracei com a moça e ela tem umas botas giras. Mulheres de botas!
Não recomendo verem este filme. Prefiro ir de excursão à cidade do que voltar a ver esta atrocidade. Prefiro… vá, se calhar ver algum filme Resident Evil pipoca do que isto. E daí não sei…
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| A minha cara quando o filme serviu para nada |
Este comentário contém barbaridades e sim, joguei e jogo Silent Hill.
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| Força! |
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| Sempre um prazer |
De: Michael J. Bassett
Pontuação: 3/10
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