Queria fazer este texto há mais tempo, mas por razões, fui adiando até estar mais confortável.
Algumas considerações acerca deste Writober - embora tenha gostado do saldo e do feedback que fui tendo, não fiquei inteiramente satisfeito com o meu trabalho.
Primeiro, a sua gestão. Ao passo que nos anos anteriores tive mais tempo para escrever e conseguia-o de manhã, este ano não o consegui e só tinha o texto escrito à noite e a roçar a hora limite. O que fez com algumas entradas fossem escritas em cima do joelho e puxadas a ferro... Só conseguia fazer algo "mais melhor bom" aos fins de semana.
A ideia deste ano era uma que embalava há anos - ainda antes de começar a escrever "a sério". Era uma ideia que surgiu enquanto brincava com o RPG Maker e ainda consegui criar cinco minutos da introdução!, só demorei semanas a aprender a trabalhar com a coisa.
O género original era para ser só de Fantasia - sword and sorcery - porque estava encantado com Final Fantasy, Kingdom Hearts, Zelda etc. Aliás, até tenho uma má fan fiction por aí. Com os anos, o meu gosto amadureceu, mas nunca fugiu desses temas ou, neste caso, do tema de outros mundos ou mundos paralelos.
Conheci Murakami, Gaiman, li Dark Tower, His Dark Materials, joguei Chrono Trigger e muitas outras coisas e comecei a complementar esta ideia. Ah, li o The Hobbit que se tornou no MEU livro. Acontecimentos verídicos da vida real acabaram por condimentar a cabeça e a direccionar a coisa. Falo de morte, claro. Saudade, memórias, passado e o letting go.
Esta história tinha o nome Times porque, olhem, razões. Hoje não faz muito sentido e ainda não me decidi por um melhor.
Traduzir estas ideias para o Writober foi engraçado porque finalmente as meti por escrito e obriguei-me a preencher o meio porque só tinha o início e o fim.
Também houve desvantagens: ter de resumir e/ou cortar detalhes para cumprir com a meta diária e mensal.
O que queria fazer e não fiz:
- Dar ênfase à relação dos irmãos. Mais Antes, algum Durante e muito Depois.
- Mais sobre a mãe e sobre o pai.
- Reforçar a relação entre a personagem principal e o Joel.
- Dar mais nuances à descida do Joel para o lado mau.
- Ênfase na relação da Vera com o Fausto.
O que me arrependo de ter feito porque estava a improvisar diariamente:
- Ter criado o túnel entre portas.
- Ter criado o túnel de cristal. Eu queria um cristal azul por causa de Final Fantasy, mas como não se adequava à história, fiz aquilo.
- Ter criado o velho.
- O cerco da aldeia que foi feito ao pontapé.
- Ter criado dirigíveis - não sou nada fã de Steampunk, mas obrigado His Dark Materials? Queria uma aeronave tipo Final Fantasy.
- A batalha final foi tosca.
No final, mesmo querendo fazer fantasia pura, até gostei do resultado deste estilo mais real só que não. Se alguma vez pegar no manuscrito, terá de ter uma mão pesada!
Ou talvez volte ao RPG Maker...
Obrigado a quem leu. A quem deu feedback e ajudou a orientar a história durante os 31 dias.
Para o ano, a ver se sigo a lista dos tópicos.
Até lá :)